quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Então é Natal

Cheguei no trabalho e eles estavam lá, em cima do balcão, uma duplinha de panetone e chocotone. E enquanto eu pegava meu café e escolhia por onde começar, fiquei pensando em como, oh my God, o Natal já tava batendo na porta do mundo e o meu espírito natalino ainda não tinha chegado nem perto da esquina lá de casa. 

Pensando bem, o Natal já tá nas lojas desde outubro, né verdade? Num dia ainda tinha brinquedo de dia das crianças meio misturado com as abóboras do halloween e no outro, as bruxas nem tinham descido das vassouras e já tavam esbarrando nos pinheiros e nas guirlandas de ursinho - porque usar verde, vermelho e Papai Noel parece que não é mais tendência universal. 

E aproveitando que fim de ano é aquela época de fazer reflexão, fiz uma listinha de outras coisas que andei reparando: 
  • Se der na telha, posso comer panetone o ano todo! Porque assim, quando eu era criança - e uma das únicas que gostava da massinha com as passas e frutinhas e tals - panetone era coisa de final de ano. Mas agora ele tá lá, no mercado, super disponível, e só não fica os 12 meses do ano porque tem que dividir espaço com a colomba pascal. Que na verdade é uma prima do panetone. Então, na prática, dá quase na mesma. 
  • A quantidade de frutinhas/chocolate no panetone na realidade nunca corresponde à expectativa. Ok, isso não é bem uma observação nova, mas eu acho que isso deve se encaixar em alguma das leis de Murphy e trollagens do universo tipo você abrir um pote de sorvete e achar feijão... 
  • Entrei na loja que sempre anuncia “o maior Natal do Brasil” pra comprar coisinhas, já esperando a trilha sonora do CD da Simone, mas parece que ela foi substituída por canções de Natal no ritmo pagode com cavaquinho. Confesso que fiquei um pouco perdida ali, no meio dos corredores, sem o “Então é Natal” com sotaque aberto e o “Hiroshiiimaa, Nagasakiii” dessa versão maravilhosa da música do Lennon e terminei saindo sem comprar nada. 
  • Ainda continuo me perguntando por que raios os ursinhos de pelúcia carregam plaquinhas com Ho Ho Ho. E talvez eu ainda retome essa questão, que começou no post do ano passado, no ano que vem também. Porque eu acho esquisito.
E vou aproveitar que já tenho os apetrechos todos que comprei no último Natal pra arrumar a casa logo e ver se ela fica com esse espírito pelo menos um mês. 

Porque eu gosto de Natal! 

Porque eu acho uma coisa linda mesmo! 

Porque pensando bem eu devia é comprar mais enfeites que já tô achando que o que eu tenho é pouco! 

Porque já que faltou música da Simone na loja eu vou colocar aqui no post mesmo. Beijo!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O horário de verão e os efeitos sobre a Ex de Murphy

Esta imagem acima me representa no horário de verão. Aquela época doida do ano e o povo tem que mexer nos relógios, você acorda e ainda tá de noite, você vai jantar e ainda tem sol.

E durante esse eterno período de mais ou menos 4 meses, também posso ser definida por uma palavra: perdida.

É uma bagunça de sono, de tempo, de espaço e nunca tenho certeza se arrumei aquele relógio ou se a tecnologia já fez com ele mudasse o horário automaticamente. E Murphy certamente aproveita pra me pregar algumas peças...

Pra começar, não sou assim uma especialista em ver as horas. Me confundo absurdamente com os ponteiros e, quando eles tão em números intermediários tipo entre o 4 e o 5, a coisa fica ainda mais complexa. Sou capaz de atingir uma margem de erro de quase 50 minutos de diferença entre a hora real e a que eu acho que o mostrador está informando.

Também nunca sei se tenho que girar o ponteiro pra frente ou pra trás. Sim, eu já deveria ter aprendido a essa altura. Sim, eles falam na TV, no rádio, na internet, mas não presto atenção e não me lembro do que tem que ser feito. Ponto.

Passo semanas bocejando feito um urso descontrolado.

Já acordei achando que todas as pessoas que dividiam a casa comigo estavam absurdamente atrasadas e estranhamente tranquilas com esse fato antes de descobrir que eu é que estava 1 hora adiantada.

Também já me levantei correndo, troquei de roupa no corredor e saí tomando café me achando no maior dos atrasos só pra chegar na faculdade/trabalho/qualquer lugar com hora marcada de manhã e descobrir que eu tinha errado (de novo).

Já esperei por uma carona me protegendo da chuva embaixo de um minitoldo de loja, reclamando da falta de pontualidade do povo e achando muito esquisito que a lojinha de pão de queijo ainda estivesse fechada - porque todos deviam estar atrasados, é claro, menos eu, até descobrir que o relógio tinha me enganado mais uma vezes.

Entre tantos outros causos que renderiam capítulos e capítulos sobre as aplicações das leis de Murphy no horário de verão. Às vezes me pergunto se não teria sido o próprio Murphy criador do horário de verão...

Mas é só uma hora de diferença, vocês vão me dizer. Mas pra mim e pro meu metabolismo rabugento já faz a maior diferença, eu vou responder. Porque o horário de verão passa, mas as olheiras e o efeito panda ficam.

Pensando bem, vou é garantir um estoque extra de base e corretivo pra disfarçar o estrago. Partiu fazer um make. Beijo.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Batendo um bolo com a Ex de Murphy

Não sei como funciona nos empregos de vocês, mas aqui onde eu trabalho, toda quarta-feira tem uma duplinha responsável por trazer um café da manhã pra galera, e depois de algumas semanas, parece que tinha chegado a minha vez. Então eu tive a brilhante ideia: vou bater um bolo!

Sim! Um bolo lindo de chocolate com uma calda linda de chocolate. Porque a receita era fácil, rápida, prática e, modéstia à parte, ficava bem boa também.

Combinei com a dupla o que cada um iria trazer e saí do trabalho um pouco mais cedo. Passei no supermercado, comprei uma caixa de suco (pra levar no dia seguinte também) e fui embora, certa de que eu tinha em casa tudo o que precisava pro meu bolo.

Baguncei o apartamento todo atrás do caderninho de receitas até descobrir que ele estava no lugar mais fácil e acessível da vida e, ao invés de fazer como uma dona de casa prendada, separar todos os ingredientes e enfileirá-los na pia, achei que ir pegando um a um e ir colocando direto no liquidificador ia me facilitar o processo.

Coloquei os ovos, coloquei o leite, o chocolate em pó e aí descobri que não tinha farinha de trigo... Mas tudo bem. Porque a vizinha tinha, podia me emprestar e eu tinha um pretexto pra colocar um pouco do nosso papo em dia. Fui até lá, peguei a farinha, tagarelei um tanto e voltei à minha receita.
Então descobri que eu não tinha óleo. Pultz... Liguei pra minha mãe:

- Posso usar azeite?
- Não, minha filha. O azeite não vai substituir o óleo na receita.

Ela me deu uma boa alternativa: usar manteiga. Mas eu também não tinha o suficiente. Pensei em voltar na vizinha, mas ela tinha saído pra passear com o cachorro e enquanto isso a minha receita tava lá criando vida no liquidificador.

Foi então que um amigo ligou pra saber o que eu tava fazendo de interessante naquela terça à noite e me perguntar se eu não queria sair e bater um papo. Contei que tinha inventado de bater um bolo, contei que não tinha óleo, contei que a vizinha tinha saído com o cachorro, contei que meu brilhante plano culinário tava “dando ruim”.

Depois de rir um tanto da minha situação, ele deu a ideia:
- Vou te buscar aí, a gente passa no mercado, compra algo pra fazer um lanche, vem aqui pra casa e você pode pegar o óleo emprestado e o forno também. Pode ser?

Sim, podia ser. Saí de casa com a minha bolsa, uma outra com o resto dos ingredientes e o caderninho, e o liquidificador com os itens que eu já tinha misturado, em uma das cenas mais ridículas que com certeza o porteiro do prédio já assistiu.

Chegando lá, parte da massa já tinha se misturado no caminho com o balanço do carro. Peguei o óleo emprestado, terminei de bater o resto dos ingredientes e, finalmente, coloquei na assadeira. Parei pra admirar o meu trabalho e conferir se eu realmente tinha feito tudo certinho. Aí eu percebi que tinha esquecido o fermento.

Não tive dúvidas. Peguei a quantidade indicada pela receita, salpiquei em cima da massa e misturei ali mesmo, torcendo pra não raspar a colher no fundo da forma untada, e coloquei pra assar esse bolo que tinha tudo pra dar errado.

Enquanto isso, ficamos lá eu e meu amigo, concentrados no nosso lanche, batendo papo e olhando de vez em quando pro forno, como se um alien pudesse sair de lá a qualquer momento.

Quando finalmente ficou tudo pronto, coloquei a calda, esperei esfriar e depois de todos os percalços eram quase 3 da manhã quando cheguei em casa.

De manhã cheguei no trabalho cheia de olheiras, mas com um bolo lindo no final das contas e que virou mais um capítulo da série Driblando Murphy com um agradecimento especial aos amiguinhos que me salvaram no meio do caminho.

Obrigada, gente!
Pega essa, Murphy! :P

terça-feira, 24 de março de 2015

50 tons (atrasados) de cinza

Foto divulgação
Aí eu finalmente resolvi ler o livro que andava polemizando a vida do povo. 

Por que?

Bom, tudo começou porque eu queria ir a uma festa na praça que um bar famosinho da cidade ia promover num domingo pra comemorar o St. Patrick's Day.

Sim, é uma festa irlandesa, eu sei. Que não tem nada a ver com a nossa cultura, também sei. Porque o nosso país nunca valoriza o que é dele. Eu sei, eu sei, eu sei. Mas a festa é muito divertida, aquele chopp verde é muito divertido e eu queria ir do mesmo jeito. Ponto.

Então eu anotei na agenda. Chamei os amiguinhos...

Aí um não respondeu, uns já avisaram de cara que não queriam ir simplesmente porque não, uma perdeu o telefone e só viu os recados 2 dias depois, uns ficaram com medo porque ia rolar uma manifestação de cunho político no centro da cidade - que por um acaso não tinha nada a ver com o local da festa, mas enfim, as pessoas ficam mesmo meio exaltadas quando vão às ruas e vai quê... E aí eu fui perdendo a graça.

Acordei mais tarde do que pretendia, um mega temporal tomou forma no céu e caiu durante horas, não tinha nenhum filme na coleção que eu quisesse rever, nada novo pra assistir também, nenhum livro novo, eu já tinha lido e relido todas as HQ's disponíveis no meu pequeno acervo... Então eu lembrei que há muito tempo andava com uma cópia do tão falado livro perdido em algum lugar da casa;eu nunca tinha sequer aberto o exemplar, mas também não tinha me livrado dele.

E como o filme tinha saído há pouco tempo,trazendo de volta às rodinhas de conversa a discussão em volta da trama,eu decidi que era hora de ter uma opinião concreta a respeito. E já que o dia não tava prometendo muita coisa mesmo, fui conferir pessoalmente o que tinha de tão intrigante no tal do Senhor Grey.

Tá bom, nada disso é desculpa, ok, ok... Mas mesmo assim engatei na leitura e descobri que... Nada.

Mas nada mesmo. E ainda não entendi porque essa mulherada por aí ficou tão alvoroçada com esse cara que gostava de amarrar pessoas e propor contratos de submissão.

Na verdade só achei que ele era um bonitão milionário com uns traumas bem sérios e outras questões muito mal resolvidas que encontrou uma moça boba pelo caminho que não sabia o que tava fazendo no mundo.

Dava pra tirar uma discussão psicológica e comportamental muito interessante desse cenário? Até dava, mas não aconteceu. Ou de repente fui eu que não captou. Nesse caso, desculpem aí, mas pra mim, algum dos protagonistas, ou ambos, a autora,o editor,sei lá... Alguém no meio disso devia era gastar umas horas num analista.

Por fim eu decidi terminar a história por que...Ah, porque já tinha começado mesmo e eu nunca abandono um livro sem chegar ao final! O que não quer dizer que eu vá ler o volume 2...

E foi assim que Murphy terminou seu plano de bagunçar o meu domingo com louvor.

Tá de parabéns. Aff.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Pra driblar o Murphy



Era uma vez um presente de aniversário muito criativo.

E era uma vez a Ex de Murphy que achou que na verdade ele vai servir muito pra começar o ano driblando Murphy e essas leis sem noção que ele inventa pra zicar a vida. Rá!

E pra amiga que teve a ideia incrível de comprá-lo, fica aquele super obrigada e a torcida pra que ele funcione mesmo!

Dedinhos cruzados...

Feliz ano novo =)